INTRODUÇÃO
Este Projeto Político-Pedagógico define as diretrizes gerais da prática pedagógica do Colégio Estadual José Feliciano Ferreira. Ao construí-lo, somos levados a repensar, a redesenhar a arquitetura da educação e da escola, em busca de uma estrutura harmônica e consistente com as próprias crenças, desejos e sonhos. A palavra “projeto” traz, em sua etimologia, o significado de lançar-se para adiante, em direção ao futuro.
Este projeto representa a busca do possível com base no que temos. Nele estão contidos os fundamentos e princípios que nortearão a identidade que pretendemos consolidar em nossa prática pedagógica. Ele se constitui num articulador de intenções, priorizando caminhos para que a escola realize sua função social. Tem base na concepção e elaboração coletiva, numa estruturação gradual, que visa modificar a cultura da escola. É centrado nos alunos, considerando o contexto real de vida dos mesmos, como também na de seus educadores. Fortalece a escola por unir forças e interferir de maneira benéfica na organização do tempo e do espaço escolar e traduzir o pensamento coletivo da comunidade escolar.
Vivemos a época da "cultura de projeto" em nossa sociedade, onde as condutas de antecipação para prever e explorar o futuro fazem parte de nosso presente. Essa influência do futuro sobre nossas adaptações cotidianas só faz sentido se o domínio que tentamos desenvolver sobre os diferentes espaços cumpre a função de melhorar as condições de vida do ser humano. Portanto, foi a partir desse pensar inicial que surgiu este texto, com o objetivo de melhor compreender o significado e o processo do projeto pedagógico.
Partindo do óbvio, como sugere Gadotti (2001), a palavra projeto vem do verbo projetar, lançar-se para frente, dando sempre a idéia de movimento, de mudança. A sua origem etimológica, como explica Veiga (2001, p. 12), vem confirmar essa forma de entender o termo projeto que "vem do latim projectu, particípio passado do verbo projecere, que significa lançar para diante". Na definição de Alvaréz (1998) o projeto representa o laço entre presente e futuro, sendo ele a marca da passagem do presente para o futuro. Para Fagundes (1999), o projeto é uma atividade natural e intencional que o ser humano uti1iza para procurar solucionar problemas e construir conhecimentos. Alvaréz (op cit) afirma que, no mundo contemporâneo, o projeto é a mola do dinamismo, se tomando em instrumento indispensável de ação e transformação.
Boutinet (2002), em seu estudo sobre a antropologia do projeto, explica que o termo projeto teve seu reconhecimento no final XVII e a primeira tentativa de formalização de um projeto foi através da criação arquitetônica, com o sentido semelhante ao que nele se reconhece atualmente, apesar da marca do pensamento medieval "no qual o presente pretende ser a reatualização de um passado considerado como jamais decorrido" (p. 34).
Na tentativa de uma síntese, pode-se dizer que a palavra projeto faz referência a idéia de frentes um projetar, lançar para, a ação intencional e sistemática, onde estio presentes: a utopia concreta/confiança, a ruptura/continuidade e o instituinte/instituído. Segundo Gadotti (cit por Veiga, 2001, p. 18),
Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.
E o projeto com a qualificação de pedagógico, qual é o seu significado? De repente, em meados da década de 90, a idéia de projeto pedagógico vem tomando corpo no discurso oficial e em quase todas as instituições de ensino, espalhadas nesse imenso Brasil. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/94), em seu artigo 12, inciso I, prevê que "os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terno a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica", deixando explícita a idéia de que a escola não pode prescindir da reflexão sobre sua intencionalidade educativa. Assim sendo, o projeto pedagógico passou a ser objeto prioritário de estudo e de muita discussão.
Para André (2001, p. 188) o projeto pedagógico não é somente uma carta de intenções, nem apenas uma exigência de ordem administrativa, pois deve "expressar a reflexão e o trabalho realizado em conjunto por todos os profissionais da escola, no sentido de atender às diretrizes do sistema nacional de Educação, bem como às necessidades locais e específicas da clientela da escola"; ele é "a concretização da identidade da escola e do oferecimento de garantias para um ensino de qualidade". Segundo Libâneo (2001, p. 125), o projeto pedagógico "deve ser compreendido como instrumento e processo de organização da escola", tendo em conta as características do instituído e do instituinte. Segundo Vasconcellos (1995), o projeto pedagógico
é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. E uma metodologia de trabalho que possibilita resignicar a ação de todos os agentes da instituição (p. 143).
Para Veiga (1998), o projeto pedagógico não é um conjunto de planos e projetos de professores, nem somente um documento que trata das diretrizes pedagógicas da instituição educativa, mas um produto específico que reflete a realidade da escola, situada em um contexto mais amplo que a influencia e que pode ser por ela influenciado". Portanto, trata-se de um instrumento que permite clarificar a ação educativa da instituição educacional em sua totalidade. O projeto pedagógico tem como propósito a explicitação dos fundamentos teóricos-metodológicos, dos objetivos, do tipo de organização e das formas de implementação e de avaliação institucional (p. 11-113).
O projeto pedagógico não é modismo e nem é documento para ficar engavetado em uma mesa na sala de direção da escola, ele transcende o simples agrupamento de planos de ensino e atividades diversificadas, pois é um instrumento do trabalho que indica rumo, direção e construído com a participação de todos os profissionais da instituição.
O projeto pedagógico tem duas dimensões, como explicam André (2001) e Veiga (1998): a política e a pedagógica. Ele "é político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade" (André, p. 189) e é pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo". Essa última é a dimensão que trata de definir as ações educativas da escola, visando a efetivação de seus propósitos e sua intencionalidade (Veiga, p. 12). Assim sendo, a "dimensão política se cumpre na medida em que em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica" (Saviani, cit por Veiga, 2001, p. 13).
Para Veiga (2001, p. 11) a concepção de um projeto pedagógico deve apresentar características tais como:
a) ser processo participativo de decisões;
b) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições;
c) explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo à participação de todos no projeto comum e coletivo;
d) conter opções explícitas na direção de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade especifica;
e) explicitar o compromisso com a formação do cidadão.
A execução de um projeto pedagógico de qualidade deve, segundo a mesma autora:
a) nascer da própria realidade, tendo como suporte a explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem;
b) ser exeqüível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação;
c) ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola,
d) ser construído continuamente, pois com produto, é também processo.
Falar da construção do projeto pedagógico é falar de planejamento no contexto de um processo participativo, onde o passo inicial é a elaboração do marco referencial, sendo este a luz que deverá iluminar o fazer das demais etapas.
IDENTIFICAÇÃO
Título : Projeto Político-Pedagógico Construindo Valores
Escola : Colégio Estadual José Feliciano Ferreira
• Localização :Rua 15 S/N – Setor Pouso Alto
• Município : Piracanjuba
• Unidade Federada : Goiás
Execução do Projeto Político-Pedagógico: ano letivo de 2010
ASPECTOS DE IDENTIFICAÇÃO
DA REALIDADE DA ESCOLA
1.0 - Aspectos Físicos
1.1 - Localização: Rua 15 S/N – Setor Pouso Alto
Piracanjuba – Goiás
1.2 - Condições de acesso:
• Vias Públicas Pavimentadas.
1.3 - Vizinhança:
• Hospital Regional de Piracanjuba
• Comércio (farmácias, supermercados, papelaria...)
• Casas residenciais
1.4 - Distribuição do Espaço Físico:
• 10 salas de aula
• 01 sala de Oficina de informática
• 01 secretaria
• 01 diretoria
• 01 biblioteca
• 01 cantina
• Área coberta
• Pátio Cimentado
• Sanitário masculino
• Sanitário feminino
• Casa da zeladora
• Quadra de esportes
2.0 - Serviços públicos de que dispõe:
• Sistema de água tratada da rede pública – SANEAGO
• Energia elétrica da rede pública – CELG
3.0 - Recursos materiais:
• 360 carteiras
• 15 mesas
• 02 mesas de madeira grande
• 15 cadeiras
• 01 geladeira
• 03 fogões
• 02 freezer
• 09 armários de aço fechados
• 06 estantes de aço para biblioteca
• 02 raques
• 12 latões grandes para lixo
• 01 relógio de parede
• 01 banner da logomarca da escola
• 02 jogos de fantoches
• 15 volumes da Enciclopédia Barsa contendo os maiores acontecimentos mundiais
• 01 microfone sem fio
• 1 aparelho de DVD
• Mapas Geográficos:
Brasil – Ferrovias
Brasil – Político
Planisférios – Continentes
Planisfério – Político
América – Divisão Geográfica
Brasil – Clima
Distrito Federal – Relevo e hidrografia
Brasil – Hidrovias
Migração Atual no Brasil
Mapas Ciências
Corpo Humano – Sistema Urinário
Corpo Humano – Sistema Muscular
Corpo Humano – Sistema Endócrino
Corpo Humano – Sistema Circulatório
Corpo Humano – Sistema Linfático
Corpo Humano – Sistema Respiratório
Corpo Humano – Sistema Reprodutor Feminino
Corpo Humano – Sistema Reprodutor Masculino
• Mapas Geografia
Oceania Político
África
Ásia
Goiás Político Rodoviário
Brasil–Político
Brasil - Físico
Mapa Mundi
Região Centro-Oeste
• Kit de Laboratório com material de Ciências
Acessórios do microscópico
• Brinquedos Pedagógicos para Educação Infantil
Fantoches (Alfabeto)
Animais selvagens
Animais domésticos
Bambolê
Peteca
3.1 - Equipamentos:
• 01 fotocopiadora
• 15 micro-computadores
• 02 modem ADCL
• 02 microssistem
• 02 condicionadores de ar
• 03 nobreaks
• 02 telefones
• 01 impressora jato de tinta
• 01 impressora matricial
• 02 televisões
• 01 antena parabólica
• 01 vídeo
• 01 máquina digital
• 02 globo terrestre
• 02 baterias
• 01 filmadora
4.0 - Recursos Humanos:
• Pessoal técnico e administrativo
• Corpo Docente
• Limpeza e manutenção
5.0 - Corpo Discente -
• Ensino Fundamental 1ª fase
• Ensino Fundamental 2ª fase
• Ensino Fundamental 2ª ETAPA – EJA
• Ensino Médio -3ª ETAPA – EJA
6.0 - Funcionamentos da Escola
• 2ª A 6ª das 07:00 as 11:20 – Turno Matutino
• 2ª A 6ª das 12:45 as 17:00 – Turno Vespertino
• 2ª A 6ª das 18:45 as 22:45 – Turno Noturno
6.1 - Cursos oferecidos:
Ensino Fundamental:
• 2º ano – Turno Vespertino – 12:45 às 17:00 h
• 3º ano – Turno Vespertino – 12:45 às 17:00 h
• 4º ano – Turno Vespertino – 12:45 às 17:00 h
• 5º ano – Turno Vespertino – 12:45 às 17:00 h
• 6º ao 9º ano – Turno Vespertino – 12:45 às 17:00 h
• 4º ano – Turno Matutino – 07:00 às 11:20 h
• 5º ano – Turno Matutino – 07:00 às 11:20 h
• 6º ao 9º ano – Turno Matutino – 07:00 às 11:20 h
Ensino Fundamental - EJA:
• 6º ao 9º ano – Turno Noturno – 18:45 às 10:45 h
Ensino Médio- EJA:
1º ao 3º ano – Turno Noturno – 18:45 às 10:45 h
6.2 - Serviços Técnicos Pedagógicos:
• Coordenadores Pedagógicos: geral e específico
• Biblioteca
• Videoteca
• Oficina de informática
6.3 - Assistência prestada ao estudante:
• Acompanhamento individualizado
• Acompanhamento de orientação
• Aulas de reforço pedagógico para alunos da primeira fase do Ensino fundamental.
7.0 - Recursos Financeiros:
• Recursos do PROESCOLA/FNDE
• Eventos sociais através de promoções feitos pela comunidade escolar
8.0 - Tempo escolar: calendário escolar
• De reuniões de pais,
• De reuniões com pessoal docente e técnico administrativo
• De Conselhos de Classe
9.0 – Regimento Escolar:
O Regimento Escolar desta Unidade Escolar está assim estruturado:
TÍTULO I Das Disposições Preliminares..........................................4
CAPÍTULO I Da Natureza e Personalidade Jurídica......................... 4
CAPÍTULO II Da Identificação............................................................ 4
CAPÍTULO III Dos Princípios, Fins e Objetivos da Educação............. 4
TÍTULO II Da Gestão Escolar.................................................... 5
TÍTULO III Da Estrutura Funcional................................................. 5
CAPÍTULO I Da Direção.................................................................... 6
SEÇÃO I Do Diretor............................................................... 6
CAPÍTULO II Da Coordenação Pedagógica........................................ 7
CAPÍTULO III Do Corpo Docente.................................................. 8
CAPÍTULO IV Do Corpo Discente................................................. 9
CAPÍTULO V Dos Serviços Administrativos.........................................10
SEÇÃO I Da Secretaria Geral................................................. 10
SEÇÃO II Dos Serviços Gerais.........................................................11
CAPÍTULO VI Das Unidades Complementares.... ........................ 12
SEÇÃO I Do Conselho Escolar.............................................. 12
SEÇÃO II Do Conselho de Classe........................................... 12
Da biblioteca........................................................................12
Do grêmio estudantil...........................................................12
TÍTULO IV Da Organização Didática.........................................13
CAPÍTULO I Do Projeto Político Pedagógico............................14
CAPÍTULO II Do Currículo Pleno.................................................14
CAPÍTULO III Do Calendário Escolar....................................... 14
CAPÍTULO IV Da Avaliação da Aprendizagem......................... 15
SEÇÃO I Da Verificação do Rendimento Escolar............. 16
SEÇÃO II Da Promoção...................................................... 17
SEÇÃO III Da Recuperação da Aprendizagem..................... 18
TÍTULO V Do Regime Escolar............................................ 19
CAPÍTULO I Da Matrícula............................................................19
CAPÍTULO II Da Transferência..................................................... 21
CAPÍTULO III Da Promoção Parcial.......................................... 22
CAPÍTULO IV
SEÇÃO I Da Classificação .................................................... 23
SEÇÃO II Da Reclassificação..................................................... 24
CAPÍTULO V Da Aceleração.................................................... 25
CAPÍTULO VI Do Aproveitamento de Estudos......................... 25
CAPÍTULO VII Dos Cursos........................................................ 26
TÍTULO VI Da Escrituração Escolar e Arquivo........................26
TÍTULO VII Da Administração de Pessoal.................................28
CAPÍTULO I Dos Direitos, Deveres e Penalidades de Pessoal Docente, Técnico Pedagógico e Administrativo..28
CAPÍTULO II Dos Direitos, Deveres e Penalidades do Pessoal Discente............................................................. 31
TÍTULO VIII Das Disposições Gerais......................................
JUSTIFICATIVA
O presente Projeto Político-Pedagógico tem a finalidade de melhor organizar, executar, avaliar e concluir ações que culminem na concretização de todos os objetivos propostos nos planos de cursos anuais, nos subprojetos das diversas áreas do conhecimento, num trabalho transdisciplinar globalizado, observando-se a matriz curricular aprovada para assegurar ao discente, uma bem sucedida aprendizagem na vida escolar, social, política, cultural, religiosa e afetiva, pelas ações pedagógicas coletivas e integradas.
OBJETIVO GERAL
Promover parcerias, articulações e alianças em todos os níveis, entre todos os setores educacionais e sociais, criando formas concretas que destaquem a importância dos professores, administradores, alunos, famílias e comunidade. Por serem agentes globalizantes e vitais no contexto educativo e social, necessitam de atenção especial quanto à sua valorização, propiciando a estes, uma educação continuada, com conhecimentos científicos e tecnológicos compatíveis com o meio.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem, criando oportunidades educativas à criança, jovem e adulto, lançando mão de instrumentos essenciais como: a leitura e a escrita, a expressão oral, o cálculo e a solução de problemas e conteúdos básicos que envolvam conhecimentos, habilidades, valores e atitudes necessárias para que os seres humanos possam desenvolver potenciais, viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de vida, tomar decisões fundamentais e continuar aprendendo dentro de uma política tecnológica presente e constante no cotidiano e na escola.
Formar indivíduos capazes de defender, respeitar e desenvolver a sua herança cultural, lingüística e espiritual, de promover a educação de outros, de defender as causas da justiça social, proteger o meio ambiente, coibir atos vândalos e trabalhar pela paz e pela solidariedade.
Resgatar e enriquecer os valores culturais e morais comuns, pois são nestes valores que os indivíduos e sociedade encontram sua identidade e dignidade.
Lutar pela inovação de práticas pedagógicas em um enfoque abrangente, capaz de ir além dos níveis atuais de recursos, das estruturas institucionais, dos currículos e dos sistemas convencionais de ensino, para construir sobre a base do que há melhoria nas práticas existentes e correntes.
Envolver no âmbito escolar, as famílias e a comunidade, criando estratégias que propiciem o cumprimento destes ideais.
Envolver a escola e comunidade em ações de prevenção contra a violência e contra as drogas, ressaltando a importância da família no desenvolvimento harmônico da criança e do adolescente.
Formar grupos teatrais e de dança, promovendo as partes emotivas, físicas e intelectuais de nossos alunos.
Envolver os professores e pessoal técnico-administrativo no espírito de equipe, fortalecendo o companheirismo, a solidariedade, a ética e a moral.
Sanar os descompromissos de alunos, revitalizando a disciplina, o respeito, a responsabilidade, a ética, num trabalho persuasivo e consensual.
Ressaltar a importância dos representantes de classe, juntando forças para a melhoria da disciplina, do desempenho e da organização da sala.
Formar grupos “amigos da escola” para trabalhar em prol do bem comum.
Fazer encontros com pais para discorrer sobre assunto de interesse dos mesmos, em relação aos filhos.
Trabalhar de forma hegemônica, onde se domina o consenso.
RECURSOS HUMANOS
DESCRIÇÃO DA REALIDADE ESCOLAR - 2009
A degradação familiar tem causado muitos danos aos alunos e a falta de limites continua sendo a nossa maior preocupação. Muitos pais, atarefados em seus trabalhos, esquecem da educação de seus filhos. O pouco tempo que usufruem junto a eles, não querem perdê-lo chamando-lhes a atenção.
Fica, então, para a Escola, a incumbência de dar-lhes o que deveria vir de casa. Porém, a Escola precisa também da presença dos pais, da sua cumplicidade, da sua ajuda para que possamos ter êxito no trato com nossos alunos. É necessário algo chamativo para que consigamos o apoio dos responsáveis pelo nosso aluno. Hoje, os responsáveis pelas crianças e adolescentes nem sempre são os pais e sim, tios, avós, parentes próximos.
Em conseqüência da ausência dos pais ou responsáveis, o compromisso dos alunos com os estudos também fica prejudicado. Esquecem materiais em casa, esquecem o dia das provas, vêm sem uniformes, desrespeitam professores, brigam com colegas. Apesar da porcentagem desse tipo de aluno ser pequena, acaba influenciando outros alunos e precisamos achar um meio de conscientizá-los para a responsabilidade de seus próprios atos.
Apesar de estarmos sempre trabalhando com os nossos alunos, a paz, a união e a solidariedade, ainda há muitos alunos cujo egocentrismo atrapalha os trabalhos em equipe.
Aos poucos, a Escola tem conseguido maiores leitores. A nossa biblioteca tem sido mais visitada, assim como a Internet de nossa escola. Continuamos a adquirir livros, revistas, vídeos educativos. Possuímos muitos livros devidamente cadastrados. Na falta de cinemas e de teatros em Piracanjuba, procuramos levar a cultura através de eventos em nosso município.
O ano de 2009 foi muito bom, tanto na área de Educação Física, como também nas diversas outras disciplinas. Os professores de Educação Física se empenharam ao máximo para que os alunos se envolvessem nas atividades esportivas com garra, com vontade. Nas outras áreas, os projetos foram finalizados com sucessos e apresentados com brilhantismo. Houve debates, júris simulados, apresentação de paródias, músicas inéditas, teatros, discursos.
A Escola recebeu muitos alunos novos para o 8º e 9º ano e precisou recuperá-los nas diversas disciplinas, atrasando, um pouco, o andamento dos conteúdos.
Trabalhamos os alunos para que exercessem o seu poder reflexivo para adquirir sua cidadania plena que foi e sempre será o objetivo da nossa escola. É necessário colocar responsabilidades sobre seus atos sem que para isso chamemos pais ou responsáveis.
O trabalho intensivo sobre valores, ética, profissionalismo, integração entre pais e escola tem colaborado para o bem estar e harmonia da nossa comunidade escolar. Cada vez mais, todos têm ajudado na preservação do patrimônio e na solidez do comportamento ético.
A Escola foi pintada e foi construída uma cobertura no pátio para que algumas reuniões e festas pudessem ser realizadas ali.
Um dos fatores que colocam a nossa Escola em evidência, além dos saberes formais, ética e cidadania, são as festas para a interação entre a comunidade escolar, e, no ano de 2009, realizamos a páscoa, a festa das mães, a festa junina, a festa de encerramento do 9º ano. Também as viagens realizadas com alunos e professores foram relevantes para a união da nossa comunidade escolar.
A EDUCAÇÃO
A educação deve ser considerada como processo para o desenvolvimento humano integral, instrumento da autonomia, fonte de visão prospectiva, fator de progresso econômico, político e social. É o elemento de integração e conquista do sentimento e da consciência de cidadania.
Nesta concepção de educação, a finalidade é formar cidadãos capazes de analisar, compreender e intervir na realidade, visando ao bem-estar do homem, no plano pessoal e coletivo. Para tanto, este processo deve desenvolver a criatividade, o espírito crítico, a capacidade para análise e síntese, o autoconhecimento, a socialização, a autonomia e a responsabilidade.
Desta forma é possível a formação de um homem com aptidões e atitudes para colocar-se a serviço do bem comum, possuir espírito solidário, sentir o gosto pelo saber, dispor-se se conhecer, a desenvolver a capacidade afetiva, possuir visão inovadora.
A ESCOLA
A escola deve visar o crescimento do ser humano nas relações interpessoais e propiciar-lhe a apropriação do conhecimento elaborado, tendo como referência a realidade do aluno.
Neste contexto, deve possibilitar ao aluno, a aquisição de uma consciência crítica que lhe amplie a visão de mundo. Esta visão de mundo deverá dar-lhe condições de uma leitura interpretativa dos fatos sociais, das relações intra e interpessoais e dos homens com a natureza.
O PROFESSOR
O professor como mediador entre o aluno e o conhecimento, deve ser um profissional formador, reflexivo, consciente da importância do seu papel, comprometido com o processo educativo, integrado ao mundo de hoje, responsável socialmente pela formação do cidadão e, principalmente, um eterno aprendiz, aquele que busca “inovar e inovar-se”.
PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS:
• A aprendizagem se desenvolve a partir da problematização de situações contextualizadas, levando em conta a visão de mundo do aluno.
• A capacidade de análise e o espírito crítico propiciam ao cidadão a criação de alternativas para solução de problemas.
• As inovações à teoria e à tecnologia educacional propiciam a participação cada vez mais consciente e criativa no processo ensino-aprendizagem.
• A socialização do aluno se processa através de atividades em grupo.
• O saber reflexivo, construído mediante permanente problematização da realidade e busca de soluções, produz conhecimento cada vez mais significativo.
• A participação ativa e sistemática do aluno em pesquisa resulta na construção e reconstrução do conhecimento.
• A ação refletida deve se opor ao imediatismo e ao conformismo.
• As atividades interdisciplinares reorganizam os conteúdos, superando a fragmentação do conhecimento.
• A educação é responsável pelas mudanças necessárias e constantes da realidade.
• A prática educativa se realiza por meio do e para o diálogo.
Há uma avaliação contínua e a recuperação é paralela, sanando muitas dificuldades ainda no seu início.
A Escola procura manter os diálogos abertos, francos, mas amigável com os pais, envolvendo-os o mais possível no processo educativo de seus filhos.
Há um entrosamento saudável entre todos os membros da comunidade escolar. Os professores e pessoal técnico administrativo são muito responsáveis. Funcionários, alunos, professores e direção sentem-se em família, havendo uma perfeita harmonia, salvo algumas exceções.
O plano curricular é revisto anualmente e há um planejamento com objetivos e estratégias bem definidos, observando-se a divisão de conteúdos por bimestre e por semestre.
Os conteúdos são selecionados observando-se o P.C.N. (Plano Curricular Nacional), Plano de Curso aprovado pela Comunidade Escolar e estudos feitos pelos educadores a fim de enriquecerem o processo ensino-aprendizagem.
As avaliações são constantes no que concerne às atividades do quadro docente, discente e administrativo.
A Escola propicia atividades extras, que possibilitem, de maneira criativa e lúdica, a aprendizagem de teoria e prática sobre os aspectos social, político-ideológico, religioso e cultural, através de excursões, visitas, entrevistas, gincanas, teatros, concursos de oratória, participação de eventos musicais, sociais, culturais, religiosos e folclóricos.
Há uma reunião no início do ano letivo, com todos os pais, para cientificá-los de todo o Projeto Político-Pedagógico da escola. Outras reuniões são feitas na medida da necessidade da turma.
As reuniões bimestrais são para a entrega de boletins e para integrar pais e professores.
Há reuniões mensais com docentes para estudos de aperfeiçoamento. Além das reuniões mensais, os professores e funcionários administrativos poderão ser convocados para reuniões extras, sempre que se fizerem necessárias.
AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA SANAR DIFICULDADES
DIAGNOSTICADAS
No ano de 2010, continuaremos a trabalhar intensamente com professores, funcionários administrativos, pais, no sentido da conscientização para buscar novos caminhos de se trabalhar o aluno nos seguintes quesitos:
1. Falta de limites
• Palestras com Autoridades, psicopedagogos, com a coordenadora pedagógica regional da Subsecretaria.
• Textos para reflexão sobre o importante papel da família na formação da criança e do adolescente, orientando-os sobre o grande valor dos limites para a educação.
• Ação constante da Escola, orientando os alunos sobre a importância de cumprirem com as regras necessárias ao seu bom funcionamento.
• Refletir sistematicamente com os alunos sobre atitudes que têm prejudicado a si e à turma.
• Proporcionar maior autonomia ao professor para resolução de questões problemáticas com alunos, em 1º momento. Em 2º momento, o coordenador deverá entrar em ação. Em 3º momento, a direção. Entretanto, o coordenador e direção sempre deverão ter conhecimento de todos os problemas que, dever-lhes-ão ser relatados pelos professores. Tudo o que se referir a alunos, professores e demais funcionários, a direção e coordenação deverão estar a postos para auxiliá-los, direcioná-los para melhor atendimento a todos.
2. Deficiência na área cultural:
• Leituras recomendadas de bons livros da biblioteca da escola, compatível com cada faixa etária.
• Sugestão de filmes que complementem o saber histórico e cultural da humanidade.
• Promoção de peças teatrais na própria escola.
• Incentivo à dança, ao jogo de capoeira e às manifestações artísticas de grupos de alunos.
• Oportunidade de acessarem a Internet, usando o Laboratório de informática.
• Debates de acordo com alguns temas trabalhados na escola, em horário oposto às aulas, estimulando-os a complementarem seu aprender e a formar espíritos investigadores rumo às pesquisas.
• Capacitar o aluno na aprendizagem de leitura do mundo, estabelecendo relações e domínio do padrão lingüístico com o qual livros didáticos trabalham.
3. Egocentrismo de alguns alunos:
• Monitorar com maior freqüência o agir desses alunos, sensibilizando-os a refletirem sobre suas ações.
• Favorecer, na medida do possível, trabalhos com jogos, estrategicamente posicionados para provocarem a reflexão sobre a importância do trabalho de equipe para se ganhar um jogo. Fazê-los refletir de que jogo coletivo não se ganha sozinho. É preciso união, colaboração e garra acima de tudo.
• Textos e mensagens de sensibilização sobre o problema.
4. Falta de compromisso com os estudos e, conseqüentemente, com as tarefas e trabalhos que deveriam ser realizados em casa:
• Valorização, por parte do professor, dos alunos que fizeram e entregaram suas atividades, cumprindo com seus deveres.
• Registro dos nomes e datas dos que não fizeram suas tarefas. Elaboração de uma ficha individual dos alunos, para comprovar, que, sem compromisso, torna-se mais difícil a arte do aprender.
• Convite individualizado às famílias desses alunos a virem à escola para verificação de seu desempenho escolar frente ao não cumprimento de suas obrigações.
A interação entre direção, professores, alunos e pais deverá ser intensamente trabalhada. A Escola deverá cientificá-los de seus direitos e deveres conforme consta no Regimento Interno.
Haverá maior valorização dos momentos lúdicos e a avaliação será mais ampla, mais global, conforme reza na Resolução CEE Nº. 023.
A Escola continuará convocando o Conselho de Classe, bimestralmente e semestralmente para fechamento dos bimestres e semestres e promovendo recuperações paralelas bimestralmente.
A cooperação e coleguismo deverão estar presentes em todos os momentos da Escola. É preciso ter em mente que somente com a união de todos é que poderemos usufruir de melhor qualidade de trabalho e, conseqüentemente, de melhores resultados.
A reciclagem do corpo docente e técnico-administrativo será feita no decorrer do ano, aproveitando-se os cursos oferecidos pela SRE de Piracanjuba, Secretaria Municipal de Ensino e os oferecidos pelas editoras, bem como os promovidos pela própria Escola.
Na orientação comportamental social, de limpeza e higiene ambiental, de união e amizade, deverão estar unidos todo o corpo administrativo, docente, discente e pais.
No quadro abaixo, está o resumo do que a Escola oferece e o que a comunidade espera da Escola.
O QUE A ESCOLA OFERECE
Aprendizagem de qualidade.
Integração escola-comunidade.
Poder de articulação pelo aluno.
Capacitar o indivíduo para a defesa de sua herança cultural, lingüística e espiritual.
Imprimir identidade e dignidade ao indivíduo.
Inovar sempre sua prática pedagógica.
Construção de valores éticos, morais e religiosos.
Prevenção contra drogas e violência.
Orientação sexual.
Responsabilidade e disciplina.
Orientação aos alunos e pais.
Proporcionar oficina de Arte.
O QUE A COMUNIDADE ESPERA
Obtenção de conhecimentos formais e científicos.
Integração do filho com o meio em que vive.
Saber se comunicar em diversas linguagens.
Aprender valores éticos e morais.
Comportamento social adequado.
Imprimir ao filho o gosto pelos estudos.
Praticar a solidariedade, inteirar-se da importância da religião e respeitar o ser humano.
Saber dizer não às drogas e à violência.
Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gestação precoce.
Compromisso com os estudos e com a família.
Palestras educativas.
Trabalho com dança, música, teatro e capoeira.
Aprendizagem de conteúdos por disciplina
Boletins bimestrais com reuniões na
Escola.
Aprender a trabalhar em equipe.
ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO
O acompanhamento e controle do Projeto Político-Pedagógico serão feitos através do desempenho para cumprimento dos vários subprojetos elaborados pelos professores, observando-se tempo de execução, metas e objetivos nele propostos; da observação do cumprimento da matriz curricular; da observação do cumprimento anual, bimestral, diário.
A avaliação não se constituirá somente no medir, comparar, julgar, porque ela possui uma abrangência social e política maior, presente em todas as atitudes estratégicas adotadas pela escola.
A avaliação é entendida como um meio de se obterem informações e subsídios para favorecer o desenvolvimento integral do aluno. Ao se dispor dessas informações, é possível adotar procedimentos para correções e melhorias no processo, planejando e redirecionando o trabalho pedagógico e o projeto educativo da instituição.
O rendimento geral da escola será observado, controlado e avaliado pelo cumprimento do plano de curso anual, dos subprojetos anexados a ele, pelas fichas de acompanhamento das ações para a consecução dos objetivos.
DA VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR
A avaliação é apresentada como recurso a ser usado na atividade escolar, como forma de promoção dos alunos, de uma série para a seguinte, na trajetória escolar.
A avaliação hoje passa pelo crivo de uma perspectiva. A escola pode ser agente eficiente na produção da mudança social.
Na escola pública o índice de reprovação é muito maior que em relação a rede de ensino privado.
Uma das causas do fracasso escolar está diretamente relacionada à prática pedagógica do professor, pois é este, que avalia de acordo com seus critérios os procedimentos. Sendo assim é ele o responsável pela exclusão ou inclusão do educando na instituição.
É a partir da avaliação do aluno, que o professor mantém ou reformula seus planos. O corre que todos das decisões nem são neutras nem arbitrárias. Os professores devem respeitar o indivíduo e a sociedade a qual está inserido.
As primeiras discussões sobre avaliação educacional chegaram até nós via psicologia da educação dedicado, à psicometria numa época em que nos primeiros laboratórios de psicologia experimental, criados na Alemanha, a própria psicologia começava a ganhar condição de ciência. Essa condição, baseia-se nos critérios da contificidade aplicáveis às ciências naturais, em que a observação, a verificação e a experimentação são tidas como condições indispensáveis, para a criação de princípios, leis e teorias.
Na ciência, objetivo é aquilo que pode ser palpado, medido, observado.
Na educação, mais precisamente na avaliação temos que tratar alunos como coisas. Em conseqüência a nota, conceito, etc., é buscada a todo custo.
Por conseguinte , quanto maior a objetividade mais o procedimento afasta-se das características humanas. Para alguns professores as mudanças comportamentais dos alunos devem ser observadas e sempre que possível quantificadas.
Isto explica a valorização dos testes e provas aplicadas para avaliar o aluno. Com isto formaram-se critérios formalistas para definição e seleção de um bom professor. O critério de competência do professor deixou de ser "sobre fazer" para "saber planeja o que fazer" no papel. A partir de uma abordagem subjetivista o objeto do conhecimento desaparece e o sujeito passa a ser valorizado a partir de suas experiências , valores e das suas condições emocionais, capaz de construir sua própria resposta, ao invés de submeter-se a uma resposta já fabricada.
A redefinição de avaliação educacional deve ser o vínculo indivíduo-sociedade, numa dimensão histórica.
Devido a isto, uma avaliação de rendimentos escolar deve contemplar: percepção, pensamento, imaginação, emoção, expectativa etc., tudo deve estar registrado.
Se os professores criarem limites para as ações dos alunos, estes não conseguirão construir seus pensamentos e por causa disto podem estagnar ou até retrocederem. A construção do conhecimento está vinculada à história do aluno, através de experiências já vivenciadas na vida real e na atividade prática. Como podemos observar a avaliação do rendimento escolar está relacionada à fragmentação da avaliação, por conseguinte, podendo excluir o aluno da instituição e da sociedade, através da desmotivação, do desrespeito do professor ou de um conselho que não avaliou seu aluno na totalidade.
A avaliação deve diagnosticar, retroinformar e favorecer o desenvolvimento individual. No procedimento de avaliação devem-se considerar testes organizados pelo professor, coleção de produtos de trabalho do aluno, registros dos resultados de observação das discussões dos alunos, comentários, entrevistas com alunos ou grupo, análise da escrita, etc..
A avaliação deve ser desenvolvida cooperativamente por professores, alunos pais e diretores. Notas em testes e provas servem para provar domínio ou falta de habilidades dos alunos. Tornando-se uma disputa entre os mesmos e com isso muitos que não conseguem alcançar a média, se desmotivam, conseqüentemente isolando-se do grupo, quando isto não é bem trabalhado pelo professor.
Alguns professores aplicam provas e testes surpresas a seus alunos, com a finalidade de puni-los. Notas não devem ter função punitiva e sim de diagnosticar possíveis interpretações errôneas das matérias oferecidas, para poder retificá-las. A notas também classificma o aluno como inferior, médio ou superior. Isto faz comparações aos desempenhos e talvez o aluno possa ficar preso a este estigma e não conseguir desenvolver suas habilidades e potencialidades, achando que é "burro". Essa avaliação é completamente discriminadora (somar e dividir nota) desconsidera o aspecto qualitativo da educação.
A avaliação deve ter função prognóstica que permite verificar se o aluno possui ou não conhecimentos necessários para o curso, também de medida, onde analisa seu desempenho, em certos momentos e em diversas funções. É graças a função diagnóstica podemos verificar quais as reais causas que impedem a aprendizagem do aluno.
O aluno se sente estimulado a trabalhar de forma produtiva quando percebe que há uma finalidade na proposta do professor, onde seus resultados estão sendo valorizados ou reestudados juntamente com o professor e que seu desempenho é comparado com ele próprio e que seus progressos e dificuldades são vistos a partir de seu próprio padrão de desempenho, necessidades e possibilidades.
Os testes referentes aos critérios servem para obter informações sobre o conhecimento específico do estudante, geralmente contempla unidades de conteúdos relativamente pequenos. O resultado mostra o que o aluno sabe ou pode fazer, e não procura discriminar diferentes níveis de rendimentos.
O teste referente a norma obtém informações referentes sobre um grupo. Valoriza, portanto, um indivíduo com relação aos outros.
Mas o professor que tiver o objetivo de ajudar seu aluno no processo educacional ou ajudar sua turma a atingir os objetivos de alcançar um determinado grau de rendimento escolar, o padrão será o total de pontos conseguidos em relação ao critério de referência (Deprosbiteris, 1989).
A avaliação da aprendizagem está interligada com a avaliação do desempenho e com a avaliação do currículo, dentro do contexto escolar. Enfatiza o aprender que é o ato que o sujeito exerce sobre si mesmo, e não registrar, obter informações e reproduzi-las. Consiste em resolver situações, criar e reinventar soluções. O aluno aprende quando consegue ultrapassar conflitos.
O professor como mediador, deve criar uma situação provocante para causar desequilíbrio em relação ao assunto proposto, favorecendo com isto a tomada de consciência do aluno e a percepção de que ele tem o poder de mudanças e transformação.
A avaliação da aprendizagem neste contexto, buscará ir além da simples aplicação de testes, provas e tentará verificar o rendimento através da produção livre, relacionamentos, expressões próprias, explicações práticas, simulações etc (Muzakani, 1986).
O fracasso escolar durante algum tempo foi relacionado a deficiência Intelectual e à pobreza. É óbvio que a falta de alimentação básica e as doenças oriundas de um ambiente sem o mínimo de higiene na qual a criança está inserida, interferem no rendimento escolar da mesma. Porém, é importante lembrar, que o fracasso escolar pode ser gerado a partir da escola.
O professor é figura principal no contexto do ensino. Sendo ele o principal agente educativo, é evidente que melhorias no ensino terão mais chance de ocorrer se a ele forem dadas condições adequadas de trabalho. Dessa maneira, a instituição educacional buscará capacitá-los, para que ele possa desenvolver de modo mais eficiente e possível as atividades didático-pedagógicas; Incentivará o desenvolvimento de seu espírito crítico, para que ele possa formar o aluno para esse fim; fornecerá a ele condições de trabalho digno, tais como salário, plano de carreira etc, chamando-o a participar ativamente em decisões importantes do processo de ensino.
Assim a avaliação nas instituições deve: encorajar a comunicação entre colegas e subordinados, envolvendo problemas comuns e a solução deles em colaboração; diminuir a desconfiança entre os vários níveis do sistema educativo; facilitar o clima para mudanças e melhorias; encorajar a auto-crítica e o desenvolvimento pessoal (Napier; Hayman, 1979).
DA VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR SEGUNDO O REGIMENTO ESCOLAR
Art. 50 – Verificação do Rendimento Escolar é o mecanismo para apurar o desenvolvimento do qualitativo e quantitativo do aluno, compreendendo a Avaliação do Aproveitamento e a Apuração da Assiduidade.
Art. 51 – A avaliação do desempenho do aluno deve ser contínua e cumulativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de avaliações finais, compreendendo os aspectos cognitivo, afetivo e psicomotor.
§ 1º – O professor durante o bimestre deve utilizar vários procedimentos de avaliação, através de trabalhos, pesquisas, avaliações individuais ou em grupo, observação do desempenho do aluno, auto-avaliação ou outros meios pedagogicamente aconselháveis.
§ 2º – Os instrumentos de avaliação devem ser selecionados pelo professor, conforme a natureza do conteúdo e o tratamento metodológico.
§ 3º – Para avaliar, o professor deve ter por base a visão global do aluno, subsidiado por observações, análise e registro no decorrer do processo.
Art. 52 – Todos os alunos serão avaliados no processo ensino aprendizagem.
Art. 53 – A avaliação terá por objetivos:
I- Diagnosticar a situação de aprendizagem do aluno para estabelecer os objetivos que nortearam o planejamento da ação pedagógica;
II- Verificar os sucessos e dificuldades do aluno no processo de apropriação, construção e recriação do conhecimento, em função do trabalho desenvolvido;
III- Fornecer aos educadores, elementos para uma reflexão sobre o trabalho desenvolvido, tendo em vista o planejamento;
IV- Possibilitar aos alunos, tomar consciência de seus avanços e dificuldades, visando o seu envolvimento no processo de ensino-aprendizagem.
Art. 54 – A avaliação é expressa em notas graduadas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), variando em décimos.
Parágrafo Único – Não haverá arredondamento de médias, exceto na média geral, após a recuperação especial, em até 0,3 (três décimos) em uma única disciplina, se o Conselho de Classe assim o julgar.
Art. 55 – Durante o ano letivo, o aluno deve obter em cada componente curricular 4 (quatro) médias bimestrais, resultantes das avaliações do aproveitamento escolar:
Parágrafo Único – A Média Anual (MA) é obtida somando-se as médias dos 4 (quatro) bimestres, dividindo por 4 (quatro), de acordo com a seguinte fórmula:
MA = 1o BIM. + 2o BIM. + 3o BIM. + 4o BIM. =
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4
Art. 56 – O Professor não pode repetir notas sob qualquer pretexto ou para qualquer efeito.
Art. 57 – O aluno que faltar às verificações de aprendizagem pré-determinadas pode requerer ao professor com o conhecimento da direção, nova oportunidade, desde que a falta tenha ocorrido por motivo justo e devidamente comprovada.
Art. 58 – Os pais ou responsáveis, no caso de alunos com idade inferior a 16 (dezesseis) anos, serão cientificados do resultado do aproveitamento e freqüência do aluno, através de boletim escolar, ou equivalente, sem erros e rasuras.
Parágrafo Único – O documento referido no “Caput” do Artigo deve ser devolvido à Unidade Escolar com assinatura do cientificado.
Art. 59 – As faltas do aluno não podem ser abonadas.
Art. 60 – É facultada a participação nas atividades físicas programadas:
I- Ao aluno que comprove exercer atividade profissional em jornada igual ou superior a 6 (seis) horas;
II- Ao aluno com mais de 30 (trinta) anos de idade;
III- Ao aluno que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em outra situação, comprove estar obrigado à prática de Educação Física na Organização Militar em que serve;
IV- Ao aluno amparado pelo decreto-lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969, mediante laudo do médico;
V- Ao aluno que comprove residência em zona rural a 6 (seis) ou mais km distante do local onde se realizam essas atividades, quando realizadas fora do horário das aulas;
VI- A aluna que tenha prole.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta proposta pedagógica está voltada para uma educação democrática e para a construção e o exercício da cidadania. Para sua aplicação é necessário que haja coerência entre o que foi estabelecido e a ação educativa. Assim, se quisermos que os nossos alunos sejam participativos, éticos, críticos, solidários, autônomos, responsáveis e afetivos, devemos agir da mesma forma.
Este Projeto Político-Pedagógico não é um projeto acabado. Deve ser revisto, melhorado, ampliado sempre que se fizer necessário, porém, com a aprovação do Conselho Escolar e da comunidade responsável pelo mesmo.
BIBLIOGRAFIA
CASTORINA, J. A. et alli. Piaget – Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 1996.
SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 4ª ed. – São Paulo: Atlas, 2001.
DEMO, Pedro. Grandes pensadores e educação: o desafio da aprendizagem, da formação moral e da avaliação/ Pedro Demo, Yves de La Taille e Jussara Hoffmann. Porto Alegre: Mediação, 2001.
PETRAGLIA, Izabel Cristina. Edgar Morin: A educação e a complexidade do ser e do saber. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
ANTUNES, Celso. Manual de Técnicas: De dinâmica de grupo de sensibilização de Ludopedagogia. 22ª edição. Editora Vozes.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento. Um processo sócio-histórico. 2ª edição. Editora Scipione, 1995.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Trad. Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. 5ª ed., São Paulo: Cortez/ Brasília: UNESCO, 2002.
Referencial curricular nacional para a educação infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 3 V.: iL.
Vol. 1: Introdução; Vol. 2: Formação pessoal e social; Vol. 3: conhecimento de mundo.
VEIGA, Ilma passos Alencastro. Projeto Político-Pedagógico da Escola – uma construção possível – 15ª edição – Editora Papirus.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora – Uma prática em construção da pré-escola à universidade – Editora Mediação – 13ª edição, 1998.
ANTUNES, Celso. Coleção na sala de aula. Editora Vozes, 2002
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Nasceram em 2010!
Premiação do nosso Blog em Goiânia.
Quem sou eu
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Colégio Estadual José Feliciano Ferreira.
O nome do nosso Cólegio foi em homenagem ao governador José Feliciano Ferreira, abaixo está a sua foto e o link para quem quiser conhecer um pouco de sua vida política.
José F. Ferreira.
Conhecendo José F. Ferreira.
Biografia José F. Ferreira
Lembranças eternas.
Morreu em Goiânia dia 23 de Março de 2009 o ex-governador José Feliciano Ferreira com 92 anos, para nós do Colégio Estadual que trás na sua história o nome em homenagem a este ilustre jataiense, deixamos aqui nossos pêsames aos seus familiares.
Festa de conclusão do 3º ano da EJA
Confraternização do 3º ano EJA
Festa do 9º ano
Conselho 4º bimestre.
Destaques 2010.
Com a prática se aprende.
Equipando nosso Colégio!
Prevenção e combate as DSTs.
Aniversário de Piracanjuba-22 de Novembro.
Conhecendo Piracanjuba.
Comemorando o dia da criança.
Os orgãos dos sentidos.
O bingo da televisão.
Bulling e violência na escola.
Visita do SINTEGO.
Comemorando o aniversário!!
Festa Junina 2010
Prestação de contas da Festa Junina.
Equipamentos novos para o Laboratório de Informática.
Conselho do 2º bimestre-matutino.
Conselho de classe 2º bimestre_ noturno.
Confraternização do 3º Ano da EJA.
Trabalho em parceira:Colégio x Escola de Informática
Professora Valdiana com alunos do 7ºA.
Professora Liramene e seu alunos do 9º Ano.
Professora Niuslei com os alunos dos 8º anos.
Arte e Música.
Projeto Memórias
Espaço Geográfico do Colégio.
A Gerra do fogo
Curso de estudo sobre o programa curricular da EJA.
Direitos e deveres.
Páscoa 2010.
Seja bem-vindo ao ano letivo de 2010!
Começamos o ano letivo de 2010 com muita alegria e vontade de aprender.
Ano Letivo de 2009.
Iniciamos a ano letivo de 2009 com muita alegria e tivemos a semana de acolhida com várias atividades!!
- Competições entre equipes do Colégio.
- Palestra(Pastor Thiago Mendes).
- Dinâmicas e aulas diferenciadas.
- Filme ( Deu Zebra), abordando a discrimição e a auto estima.
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